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quarta-feira, março 24, 2004

Hoje não tem ninguém cantando 

Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou
Não rodou mais para a festa não irrompeu,
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer -fosse abertura-
E a saudade é tudo ser igual.

Daniel Faria, Explicação da Ausência
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