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sexta-feira, outubro 29, 2004

i never asked to be your mountain

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domingo, outubro 24, 2004

Lingua 

Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
E um profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixa os portugais morrerem à míngua
Minha pátria é minha língua
Fala Mangueira
Fala!
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
o que pode
O Esta língua

Vamos atentar para a sintaxe paulista
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas
Cadê? Sejamos imperialistas
Vamos na velô da dicção choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Hollanda resgate
E Xeque-mate, explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Sejamos o lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em Ã
De coisa como rã e ímã...
Nomes de nomes como Scarlet Moon Chevalier
Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé, Maria da Fé
Arrigo Barnabé

Incrível
É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Se você tem uma idéia incrível
É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível
Filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o recôncavo, e o recôncavo, e o recôncavo
Meu medo!


A língua é minha Pátria
E eu não tenho Pátria: tenho mátria
Eu quero frátria

Poesia concreta e prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
Será que ele está no Pão de Açúcar
Tá craude brô, você e tu lhe amo
Qué que'u faço, nego?
Bote ligeiro
Nós canto falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem,
que falem.


Caetano Veloso

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sábado, outubro 23, 2004

NON TI MUOVERE 






non ti muovere



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sexta-feira, outubro 22, 2004

esperamos 

com impaciência e mesmo com alguma prudência. Esperamos o domingo, esperamos o domingo.
Que se lixe a prudência, esperamos caetano.

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quarta-feira, outubro 20, 2004

teu show 

caê, caê
caê

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terça-feira, outubro 19, 2004

Marcas de Frontera 

El final del territorio,
esa lejana provincia:
roja la tierra, violentas las aguas
y un monte que no ralea.
Bilingües, trilingües
-el lujo del decir-
con pobladores de todos los colores,
Babel acriollada a golpes de hacha
a entusiasmo y dolor.
El final de la patria
es la patria
los finales de la patria son la Patria,
lejos es un concepto temeroso
una mentira

(los bordes hacen el centro
y viceversa)
Los Fines Terrae son nuestros,
criolla la navegación y la conquista

Angel Nunez


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Algo dentro dela se desenvolvia sem tempos, mas numa cadência estranha que se impunha mesmo ao próprio ritmo vital, cardíaco. Uma cadência primordial feita de açafrão e ventres inchados ou algo assim... ela não sabia explicar o quê, de todo. Alias, tornava-se cada vez mais difícil querer dar forma a essas coisas que andavam por ali, em baixo dela por dentro dela. O único que reconhecia era o cheiro - como quando a gente abre o frigorifico e sabe que algo ali apodreceu, costumava murmurar pelas tardes feias. Mas não era assim. Sabia, mas não podia dizer que era cheiro seu. Pum pum
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segunda-feira, outubro 18, 2004

livrai-nos senhor das setas das seitas do lado da espada amén.
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la coliflor de Barceló 

Toujours jamais partout ça bouge comme si c'était arrêté quelque part
siempre nunca igual por todo hay movimiento como si estuviera parado en algún sitio.
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