quarta-feira, março 31, 2004
vou-me embora cantando
Nan Goldin
Motel Window, Palenque, Mexico, 1982
terça-feira, março 30, 2004
cambalhotas de alegria
a partir de hoje fazem também parte das manifestações de alegria as Cambalhotas!
assim como as palmas, os saltinhos, o choro até, os sorrisos, a euforia...
Obrigada mano Joãozinho.
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assim como as palmas, os saltinhos, o choro até, os sorrisos, a euforia...
Obrigada mano Joãozinho.
segunda-feira, março 29, 2004
alimenta-me de volta
e porque até à data a única coisa que sei capaz de mover uma pessoa é...outra pessoa, alguém cantando apresenta:
o feedback!
sem qualquer legitimidade de existência, mas mesmo assim... o Feedback!
então vamos lá rapaziada brava, toca a comentar!
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o feedback!
sem qualquer legitimidade de existência, mas mesmo assim... o Feedback!
então vamos lá rapaziada brava, toca a comentar!
O so delicate...
sábado, março 27, 2004
onde a geografia acaba, e o coração começa
da latinidade. ou dos homens (e mulheres)
que andam -amam-
sem pisar o mapa
ao antónio, por onde quer que ande
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que andam -amam-
sem pisar o mapa
ao antónio, por onde quer que ande
sexta-feira, março 26, 2004
MA FEMME CHAMADA BICHO
"(...) Um dia fomos ver uma exposição do Giaccometti. Vieira ficou apaixonada por aqueles cinzentos, aquela beleza, e à saída disse-me que ia fazer, graças ao que acabava de ver, um quadro cinzento, muito cinzento. Pois fez o quadro mais colorido de toda a sua vida. Não se faz o que se quer, nem o que se crê. (...)"
Arpad Szenes, em O Fulgor da Luz
hoje, na cinemateca, Ma Femme Chamada Bicho, de José Álvaro Morais.
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Arpad Szenes, em O Fulgor da Luz
hoje, na cinemateca, Ma Femme Chamada Bicho, de José Álvaro Morais.
Fotograma de Abbas Kiarostami
preto
branco
luz
branca
a luz
toda
dentro
branca
dos meus olhos
brancos
pretos
quinta-feira, março 25, 2004
plim plim
e a mãe perguntou-lhe onde vais? e respondeu-lhe um assobio.
vou embora, mãe. vou para o México
Vê se chegas para o jantar.
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vou embora, mãe. vou para o México
Vê se chegas para o jantar.
luz terna e suave, no meio da noite
Só os tons, os toms é que nos salvam. Hoje teria sido o tom da luz durante a sesta.
E o acordar e não saber que dia é.
quarta-feira, março 24, 2004
Hoje não tem ninguém cantando
Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou
Não rodou mais para a festa não irrompeu,
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer -fosse abertura-
E a saudade é tudo ser igual.
Daniel Faria, Explicação da Ausência
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Não rodou mais para a festa não irrompeu,
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer -fosse abertura-
E a saudade é tudo ser igual.
Daniel Faria, Explicação da Ausência
sábado, março 20, 2004
EXPLICAÇÃO DO SORRISO
A mãe disse-lhe escreve-me
De lá de longe para onde vais
E ela disse não é longe casar
E a mãe sorria cega de dor
E parecia de deslumbramento
Daniel Faria
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De lá de longe para onde vais
E ela disse não é longe casar
E a mãe sorria cega de dor
E parecia de deslumbramento
Daniel Faria
sexta-feira, março 19, 2004
Banda sonora para uma sexta feira
hoje foi ao som destes senhores.
vamos aparando a relva
quinta-feira, março 18, 2004
Recital
Eu sento-me na cadeira da ponta com redobrada atenção porque estas coisas dos ambientes musicais académicos sempre me soaram num tom muito austero. Sento-me na pontinha e nem reparo que ela já ali está, atrás de mim, no canto mais recolhido da sala. Parece um guerreiro, um forcado, um kamikaze, antes da luta, do toiro ou do alvo. Com os olhos baços de quem não vê, apenas procura sobreviver. Os olhos baços lembrando de novo que criar é um acto tremendamente solitário.
E avança segura e senta-se. Parece uma bailarina, já lho têm dito. Quando se senta ao piano e começa a tocar, põe-se a dançar em tempos e compassos com os quais apenas podemos sonhar.
Senta-se. Silêncio.
E depois, depois lá está ela, as mãos em espasmo sobre as teclas, todas as teclas. E a derramar-se inteira sobre o piano.
São estas alturas de autêntica transfiguração humana que me fazem acreditar no génio. E que tudo o que está para trás e tudo o que virá, há-de sempre ser menor do que o que está por dentro.
recital de música clássica contemporânea portuguesa
peças de Amilcar Vasques-Dias,
Sérgio Azevedo,
e [ka'mi]
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E avança segura e senta-se. Parece uma bailarina, já lho têm dito. Quando se senta ao piano e começa a tocar, põe-se a dançar em tempos e compassos com os quais apenas podemos sonhar.
Senta-se. Silêncio.
E depois, depois lá está ela, as mãos em espasmo sobre as teclas, todas as teclas. E a derramar-se inteira sobre o piano.
São estas alturas de autêntica transfiguração humana que me fazem acreditar no génio. E que tudo o que está para trás e tudo o que virá, há-de sempre ser menor do que o que está por dentro.
recital de música clássica contemporânea portuguesa
peças de Amilcar Vasques-Dias,
Sérgio Azevedo,
e [ka'mi]
primeiros agradecimentos
De olhos ao alto, canta-se uma prece ao céu pela paciência de Jó.
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"Non perdiamoci di vista. Ora che ci siamo ritrovati rimaniamo in contatto."
quarta-feira, março 17, 2004
um dois três, experiência.
um dois três... som.
som!
som?
1, 2, 3....
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um dois três... som.
som!
som?
1, 2, 3....